quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Conte-me a história de amores impossíveis( o amor dá medo)

Ele já teve tantas mulheres , mil histórias para contar.Então porque
sentia tanto medo daquela?
Ela era linda e direta.Mal havia lhe dado uma piscada o ano inteiro
, apenas um dia corriqueiro falou-lhe ''Tenho interesse por você''.
Por isso ele tanto temia, havia sido diferente. Apesar de suas lindas
curvas e cabelos dourados ele apreciava seu jeito: vivia
elogiando seu charme e elegância e mesmo com as diferenças sentia
que pertenciam a algo comum. Esse era seu medo,o algo comum.
Com tantas outras o comum era o desejo, o fogo, o sexo, mas com
ela o comum ficava claro entre um riso e outro, entre um assunto
sério ou uma história do dia-a-dia, qualquer um que passasse diria
''esses sim, formam um laço harmônico''.
Isso não poderia acontecer!Eles tinham apenas que se desejar,
ele a levaria para um motel de 50 reais, transaria por 1 hora e
depois a levaria na esquina de casa e nunca mais ligaria, se a
encontrasse de novo talvez transariam de novo se nada mais
importante ele tivesse para fazer.Mas não conseguia fazer isso
com ela.Por várias vezes insistia
''Não liguei para você porque quero ver se desistirá''
e ela sempre aflita perguntava ''você quer que eu desista de você?''
e ele mesmo não querendo se render se rendia ''não.''
Ele tentava a magoar ás vezes, para fingir para si mesmo
que não se importava, falava sobre sexo com ela para mostrar
que ela era só mais uma, mas logo se arrependia e apertava sua
mão com agônia e comentava como gostava dela.
Uma vez se rendeu, enquanto conversavam sobre assuntos sem
importância ele a olhou falando e não pôde se prender em sua
cadeira, pelo seu impulso percebia-se que a muito se segurava
mas que por um impulso cedeu a seus desejos, deu um riso
olhando-a e antes que ela pudesse entender seus olhos ele a
beijou e os dois foram as nuvens, sei que os dois foram. Ele
antes havia comentado sua inclinação a dor da espera: esperava
adiar o prazer para ser especial, e foi.Os lábios eram iguais e as
línguas se tornavam uma só, macio e maravilhoso, sintonia pura,
nasceram para fazer isso, nasceram um para o outr........ não!
Riram após o beijo, pareciam um casal adolescentes maravilhados
com a vida.A todo momento fugiam do assunto mas era impossível
não comentar o beijo.
Naquele dia ele se excedera, sentia necessidade de não ter medo,
queria ser inconsequente, queria falar e falou. Nunca havia sido
tão sentimental, sempre queria deixar claro que nada podia lhe
dar além de manhãs de prazer e um cargo de amante (sempre
tentando magoá-la) mas naquele dia ele cansou de fingir-se
homem e se descobriu menino.Ele disse que adorava estar
perto dela, que o mundo parecia perfeito e tudo fluia.
Ela sorriu porque sentia o mesmo e as mãos se encontraram
meio desconcertadas frente ao tamanho daquele sentimento.
Ao deixa-la em casa, de novo por um impulso, a beijou
desesperadamente como se fosse uma das únicas oportunidades,
logo foi retido pelo bom senso e pediu que ela fosse logo para casa.
Depois disso não ligou, e quando a viu pediu desculpas e
acariciou-lhe as mãos d maneira desconcertante.
Ela o via lutando contra, só não entendia porque.
''Talvez não me queira''. Sempre que ela queria desistir
e chorava a noite,ele ,no daa seguinte a conquistava, o que
a fazia pensar que nunca teria fim aquela tortura tão gostosa.
Ele dizia que tinha medo mesmo é de magoa-la, pois queria
muito tê-la e que qualquer homem a quereria,mas que sendo
ela assim tão bonita-inteligente-atraente ele temia feri-la por
ela merecer mais do que ele poderia lhe dar.Ela não queria
pensar no deficit entre tê-lo e querê-lo, ela só queria beija-lo, abraça-lo.
Ele ria e contava sobre seu fim de semana, e se assustava com
como se sentia pertencente a ela, perdeu-se tanto que chegou
a botar a mão nas mãos dela que estavam repousadas nas suas lindas
pernas, e até deu a entender entre uma brincadeira e outra que
eram namorados.
Logo o bom senso chamou-o de novo e ele percebeu tal equivoco
- não tenho mais idade para amar- pensou.Logo magoou-a de
novo e tentou evitar olhar para ela ,seria mais fácil conter
qualquer recaída se ele não a olhasse e a visse alí, tão dele.
Despediu-se friamente e pensou ''não vou ligar''.
Ela saiu chutando as pedras no chão e pensou ''não vou mais esperar''

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