sábado, 27 de dezembro de 2008

Samba da vingança, quem dança?

A vida é tão engraçada
e eu sambando toda desengonçada
nessa pista cheia de histórias pisadas
choradas ou cheia de risadas

Mas meu bem não deixe que eu te engane
que eu finjo que acredito
que esse sorriso nem fere nem faz mal
Porque o homem não é, como dizem, qualquer animal
cada passo é pensado
cada mal é lembrado

Meu deus que engraçado!
Poupo-me dos risos para manter a classe
mas que classe, ora essa?
Depois de toda essa conversa
não há palavras que traduzam
o que eu quero cuspir em você

Ontem era meu benzinho,meu amor
Hoje é um horror!
Eu te firo daqui,e você me fere dali
Aliás, tem como não ferir?
Você aí, dançando com outras mulheres
E eu aqui, escolhendo os talheres
''hoje vou comer vingança, por favor''
traga limão, garçon
porque eu quero bem azedo''
Porque vingança doce não tem graça
É preciso me ver de palhaça
se não nem valeu a pena sair de casa
Passar o perfume importado
Não valeu usar o cordão dourado

E eu maquiando o rosto
como quem se pinta para guerra
manchando o rosto de terra, de lama
Por mais irônico que possa parecer
nosso conflito ninguém vê
Todos saiem rindo do salão
como se não houvesse nenhuma confusão
mas meu olhar já te fuzilou
e você já me deu um tiro de canhão
Quem nos vê assim mal sabe
A história por trás desses rostos
Nossa brigas,nossos gostos
Nossos abraços em noite fria
Nossa agonia em nos ver aqui
tão desconhecidos
tão desprovidos de qualquer graça.

Eu digo que nada aconteceu
você pensa que o erro foi meu
dois beijinhos, dois risinhos

E nesse samba da vingança
quem dança? quem dança?


.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Todos os versos são seus, não só os meus;

Perguntou se um poema era para ele
Um? ri da maior inocência já ouvida
Eu disse que, meu amor, nessa vida
todos os poemas são para você
Não só os meus, nunca só os meus
até porque ter meus pensamentos voltados para você
honraria nunca há de ser
Mas todos os poemas já um dia escritos
Todos os poemas já um dia sentidos
Todos os versos já chorados
Todas as rimas imaginadas
Todas foram feitas para você
Será que não vê?
Quando uma melodia toca, seja aqui ou no japão
meu amor,é sua essa canção
É você o amante por quem todos lamentam
São suas as mãos a qual tantos almejam tocar
É seu o corpo que todos desejam
É seu o beijo que nunca irão esquecer
A poesia é você, amor
E eu entre versos e lágrimas
sou apenas um alguém indefinido
a descrever você, meu querido
O único e eterno amor
O inspirador de todas as belezas
que no mundo ainda restam
Você é tudo que faz rir
Você é todo o sentir que a humanidade tanto procura
Você é a cura dos enfermos
Você é a julieta dos apaixonados
Você a a desejada Terra de EL Dorado
Sei ser um erro te descrever
Essas palavras deixam tanto a desejar frente a você
Mas para sempre os poetas irão te escrever
Vasculham o dicionário procurando algo de equiparada beleza
Escrevem como eu:
para afagar a pobre tristeza de nunca te merecer

domingo, 14 de dezembro de 2008

Rosnou que gostava de mim.

Rio dos seus pêlos
seu visual nada atlético
seu jeito nada poético
de declarar seu afeto por mim

Se é que isso é declarar!
cora só de pensar
que por um deslize qualquer
ao invés de menina me viu mulher
pôs-se a me amar
mesmo sem saber se isso existe
ou se é mesmo crendice popular

''Que besteira dizer coisa parecida!''
beijou minha barriga
e disse que idade não tem mais para amar
já passou-se o tempo de sonhos e temporais
agora ele foge de vendavais
e amarra os pés para não mais voar
tentou rir, mas ao me olhar
percebeu que nosso amor era óbvio e sem fim
então rosnou que gostava de mim
e saiu apressando o passo
''de olho no horário
que eu tenho trabalho''
Enquanto eu ria em meio aos lençóis
enquanto eu só pensava em nós
tão loucos
amar assim é para poucos.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Felicidade não é coisa que se tenha, moço! Ás vezes me dão ás vezes me tiram.

Estou tão insegura por ser feliz.Agora sei exatamente como é sentir
tais borboletas no estômago.Antes eu sentia ânsia só de ouvir
tal expressão, antes eu sentia ânsia por tudo.Acho que continuo
sentindo,mas é uma ânsia boa, é como querer vomitar flores, que
gostoso.
Escrevo para mim, escrevo pois preciso me ler quando eu estiver
triste.Assim, quando eu estiver triste verei que mesmo quando
eu sou feliz me sinto insegura, e aí talvez eu nem terei tanta
inveja de mim agora.
Sou tão competitiva que compito comigo, será possível?
Comento como estou mais bonita hoje do que ontem, e quase pulo
de alegria por hoje eu me ser e ontem eu ter sido outra pessoa
a qual venci.
A verdade é que serei triste amanhã exatamente por estar sendo
feliz hoje, não vejo vantagem então.
Tenho uma teoria, bastante da furada e da duvidosa, que a
chave da felicidade é o não ter.
Não tendo você não se impregna pela experiência de ter
usurfruir,nunca tendo você nunca terá que passar pela
experiência de sentir falta.
Mas é tão difícil não ter!
Uma senhora passa por mim na rua em frações de segundos,
mas ela me sorri, e logo eu tenho seu sorriso!Não posso evitar!
Logo sinto falta daquele sorriso que já tive.Amanhã passarei
por aquela rua e não terei aquele sorriso daquela velhinha.
Não me importa outra senhora nem outro sorriso, nem ao
menos um novo sorriso daquela senhora, eu queria
aquele,mas aquele eu já tive e o fato de ter acarreta o fato
de perdê-lo.
E eu, que tanto o queria! Ah, aquele sorriso que tive!
A felicidade é tão líquida,escorre ao passar de um vento,
escorre ao encontrar de um buraco,escorre pelos meus
pêlos, a as vezes não deixa nem uma gotinha.
Ora me mata de sede ora quase me afoga


Hoje estou feia porque estou feliz, amanhã a dor me enfeitará
de beleza e palavras puras.
Que loucura é então essa tal felicidade, vem e volta sem hora marcada!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Escrevo por você

Escrevo para não morrer de tédio
pois de amor já morri
Escrevo para embelezar as feridas
que a vida nunca se esquece de trazer
Escrevo pois não tenho mais o que fazer
minha vida é vazia, minha mão cheia de calos
Escrevo porque te quero
e escrevendo posso fingir ter-te
ou posso fingir não ligar
mas eu ligo e choro
Mas as lágrimas ficam escondidas
atrás de versos rimados e palavras secas

Expremo até a última gota
para ver se de todas as palavras que guardo
consigo fazer uma frase completa
que não tenho você no meio.

Escrevo porque sou metade
Escrevo porque sem você não consigo viver
então escrevo que já que é para morrer
quero morrer honrada

Escrevo porque não consigo entender
O que se passa em você
por isso escrevo, especulo, tento adivinhar
Mas como sou mentirosa!
Só escrevo para ter ocupação enquanto estou a te esperar
te esperando morro
te esperando vivo
Quando te tenho sou rainha
Quando se vai já não me sou
meu corpo se esvazia, minha alma perde a cor
então torno a escrever.

Conte-me a história de amores impossíveis( o amor dá medo)

Ele já teve tantas mulheres , mil histórias para contar.Então porque
sentia tanto medo daquela?
Ela era linda e direta.Mal havia lhe dado uma piscada o ano inteiro
, apenas um dia corriqueiro falou-lhe ''Tenho interesse por você''.
Por isso ele tanto temia, havia sido diferente. Apesar de suas lindas
curvas e cabelos dourados ele apreciava seu jeito: vivia
elogiando seu charme e elegância e mesmo com as diferenças sentia
que pertenciam a algo comum. Esse era seu medo,o algo comum.
Com tantas outras o comum era o desejo, o fogo, o sexo, mas com
ela o comum ficava claro entre um riso e outro, entre um assunto
sério ou uma história do dia-a-dia, qualquer um que passasse diria
''esses sim, formam um laço harmônico''.
Isso não poderia acontecer!Eles tinham apenas que se desejar,
ele a levaria para um motel de 50 reais, transaria por 1 hora e
depois a levaria na esquina de casa e nunca mais ligaria, se a
encontrasse de novo talvez transariam de novo se nada mais
importante ele tivesse para fazer.Mas não conseguia fazer isso
com ela.Por várias vezes insistia
''Não liguei para você porque quero ver se desistirá''
e ela sempre aflita perguntava ''você quer que eu desista de você?''
e ele mesmo não querendo se render se rendia ''não.''
Ele tentava a magoar ás vezes, para fingir para si mesmo
que não se importava, falava sobre sexo com ela para mostrar
que ela era só mais uma, mas logo se arrependia e apertava sua
mão com agônia e comentava como gostava dela.
Uma vez se rendeu, enquanto conversavam sobre assuntos sem
importância ele a olhou falando e não pôde se prender em sua
cadeira, pelo seu impulso percebia-se que a muito se segurava
mas que por um impulso cedeu a seus desejos, deu um riso
olhando-a e antes que ela pudesse entender seus olhos ele a
beijou e os dois foram as nuvens, sei que os dois foram. Ele
antes havia comentado sua inclinação a dor da espera: esperava
adiar o prazer para ser especial, e foi.Os lábios eram iguais e as
línguas se tornavam uma só, macio e maravilhoso, sintonia pura,
nasceram para fazer isso, nasceram um para o outr........ não!
Riram após o beijo, pareciam um casal adolescentes maravilhados
com a vida.A todo momento fugiam do assunto mas era impossível
não comentar o beijo.
Naquele dia ele se excedera, sentia necessidade de não ter medo,
queria ser inconsequente, queria falar e falou. Nunca havia sido
tão sentimental, sempre queria deixar claro que nada podia lhe
dar além de manhãs de prazer e um cargo de amante (sempre
tentando magoá-la) mas naquele dia ele cansou de fingir-se
homem e se descobriu menino.Ele disse que adorava estar
perto dela, que o mundo parecia perfeito e tudo fluia.
Ela sorriu porque sentia o mesmo e as mãos se encontraram
meio desconcertadas frente ao tamanho daquele sentimento.
Ao deixa-la em casa, de novo por um impulso, a beijou
desesperadamente como se fosse uma das únicas oportunidades,
logo foi retido pelo bom senso e pediu que ela fosse logo para casa.
Depois disso não ligou, e quando a viu pediu desculpas e
acariciou-lhe as mãos d maneira desconcertante.
Ela o via lutando contra, só não entendia porque.
''Talvez não me queira''. Sempre que ela queria desistir
e chorava a noite,ele ,no daa seguinte a conquistava, o que
a fazia pensar que nunca teria fim aquela tortura tão gostosa.
Ele dizia que tinha medo mesmo é de magoa-la, pois queria
muito tê-la e que qualquer homem a quereria,mas que sendo
ela assim tão bonita-inteligente-atraente ele temia feri-la por
ela merecer mais do que ele poderia lhe dar.Ela não queria
pensar no deficit entre tê-lo e querê-lo, ela só queria beija-lo, abraça-lo.
Ele ria e contava sobre seu fim de semana, e se assustava com
como se sentia pertencente a ela, perdeu-se tanto que chegou
a botar a mão nas mãos dela que estavam repousadas nas suas lindas
pernas, e até deu a entender entre uma brincadeira e outra que
eram namorados.
Logo o bom senso chamou-o de novo e ele percebeu tal equivoco
- não tenho mais idade para amar- pensou.Logo magoou-a de
novo e tentou evitar olhar para ela ,seria mais fácil conter
qualquer recaída se ele não a olhasse e a visse alí, tão dele.
Despediu-se friamente e pensou ''não vou ligar''.
Ela saiu chutando as pedras no chão e pensou ''não vou mais esperar''