quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Carta a um amor distante

Carta a um amor distante
não mais pulsante como custumava ser
mas sei que um restício de carinho há de ter

Entre tantos amores
e tantas dores que eu passei, não por você
podia parecer até mentira o que vou dizer
Entre tantas corpinhos
beijinhos e carinhos que não os seus
pode até pedir um adeus o que vou dizer
Entre tantas despedidas e novas vidas
entre tantos choros e risos nunca para vocÊ
pode parecer infame o que vou dizer

Mas entre tantos amores o que eu mais amei foi você

Parece até maldade
mas é a pura verdade
Já me atirei aos braços de outros amantes
já passei noites com outros delirantes
Já gritei outros nomes que não o seu
Já jurei que você era mais um
Já jurei que não amei nenhum
mas amei, e foi você.


Já fui tão bem amada
que até esqueci a jornada de amar alguém
mas entre tanto vai e vem
lembrei como eu era outrora
e vi como estou agora
tão seca e desiludida
Lembrei da flor que me tornou
lembrei da ferida que me causou
Lembrei que seu amor era tão intenso
Já me inundou, já me secou


Carta a um amor distante
carta ao meu primeiro amante
carta ao homem que amei
carta da carta que tanto projetei em meus pensamentos
carta sem lamentos ou felicidades
apenas algumas letras, apenas alguns fatos
retratos do que não volta mais, ou volta

Escrevi por não ter o que dizer
Escrevi por não saber o que fazer
Escrevi porque vi você
Metade meu, metade do mundo
Escrevi por não saber nada profundo para falar
Por isso escrevo, meus sentimentos são mudos
meu coração confuso, minha mente um mundo entre a loucura e realidade
Não conheço a minha verdade mas para ser sincera
perto de você me sinto primavera
você me faz sorrir
seja lá que porta essa verdade há de abrir

Não estou apta a amar
mas também não consigo me calar
Seja lá o que isso possa significar.

2 comentários:

Alex Felippe disse...

Aí Churi descobri a pouco q vc escreve né?! rsrs gostei muuito, ainda ñ tive tempo de ler tudo, mas vou terminar! rsrs Parabéns! Beijão

Anônimo disse...

incrível sua poesia