quarta-feira, 17 de setembro de 2008

e eu perguntei: será que sou Flor?

Será que sou flor
como esses homens pensam?

porque será então, Senhor dos amores
que a nenhum beija-flor eu me sinta pertencente?
porque será que dentre outras flores
me chegam esses amores, fiéis, de sorriso e pureza no peito
e eu me salgo de lágrimas escuras
por ninguém querer por mais de um inverno rigoroso?

porque será, mestre do mundo
que eu juro amor profundo, e sinto (não minto)
e se passa um segundo, já quero outro raiar
já quero outro beijar?

Não sei que tal maldição é essa
desmodesta
de chorar por ninguém querer
enquanto ao redor tantas choram amores não correspondidos
sonhos traídos
sorrisos perdidos
será que meu coração ou não existe, ou não é são
ou ainda não achou um fio qualquer de vida
para me tirar a ferida de só ferir quem eu quis bem?

Peço ardência por mais de um segundo
peço preferência por só um mundo
peço a delicadeza de uma mulher flor
devota ao seu amor
peço o choro pelo meu amado, e o sorriso desesperado
ao vê-lo entrando pela portinha
peço para acha-lo mais lindo a cada dia
e para ter agonia quando ele se vai.
peço para ele me ligar sempre de noitinha, e que
sempre perto das 19 eu sinta um calafrio de amor
bobinho.

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